[ Dokimos ] [ Pergunte ao Pastor ] [ Pedido de Oração ] [ Notícias ] [ Dicionário ]

Tema: Passos a Serem Dados Até a Consumação do Milagre.
Texto: Marcos 5:35-43.


Introdução


A experiência que Jairo, um dos anciãos da sinagoga de Cafarnaum, experimentou junto ao Senhor Jesus, foi extraordinária. Há lições riquíssimas que podemos extrair desta experiência. Vamos ver Jesus ensinando a Jairo, e vamos ver este seguindo passo a passo aos ensinos do Senhor. Esta aprendizagem levou Jairo a desfrutar do milagre que ele tanto almejava receber. É evidente que os passos a serem ensinados aqui não os únicos que devemos dar até a consumação do milagre desejado. Certamente existem outros. Contudo, eles são alguns dos mais importantes.


I – Ter Cuidado Com o Que Se Ouve.

“...Tua filha já morreu; por que ainda incomodas o mestre?” v35.

A filha de Jairo estava padecendo de uma enfermidade mortal. Esta foi a razão dele ter ido até ao Senhor Jesus. Já diante do Mestre, a sua única e última esperança, estando Jairo prestes a ver atendido o seu anseio, chegam alguns de sua casa com a notícia do falecimento de sua filha. Jairo, naturalmente, nesta hora, tem sua esperança quase que assassinada de uma vez por todas. Dá para imaginarmos as suas reações: Semblante caído, lágrimas nos olhos, frustração, descrença, medo... Coisas que sobrevém a qualquer homem. Mas, ainda não era o fim, mesmo estando a filha de Jairo morta. O versículo 36 diz-nos: “Mas Jesus, sem acudir a tais palavras...”,ou seja, Jesus não deu ouvidos àquelas palavras e nem as considerou definitivas.

a) O Relatório dos Dez Espias – Nm 13:31-33; 14:1-12.

Este é um bom exemplo daquilo que podem produzir os relatórios derrotistas e desalentadores.

Eles só podem produzir estas coisas:

a.1. Desespero – 14:1-2.
a.2. Queixa – 14:1-2.
a.3. Morte – 14:10.
a.4. Desânimo e Medo o Js 14:8.

Israel escolheu dar ouvidos aos dez espias com seus relatórios de derrota, ao invés de ouvirem a Josué e Calebe, portadores de relatórios de conquista, de vitória, de possibilidades reais de milagres acontecerem.Israel fez exatamente o oposto do que fez o Senhor Jesus. Era dever de Jairo não deixar-se contaminar – como Israel deixou-se –, pelo relatório de morte que vinha de sua casa. Também devemos não dar ouvidos a tudo aquilo que trabalha para roubar-nos a esperança.

b) De Tudo Isso, Concluímos Que o Que Se Ouve:

b.1. Pode Matar a Nossa Esperança.
b.2. Pode Fechar a Porta do Milagre.

II – Não Dar Atenção Aos Sentimentos.

Jesus, ao dizer a Jairo, depois da notícia trágica, “não temas, crê somente” (v 36), estava tentando recompor o ânimo de fé de Jairo. O Senhor conhece a estrutura humana e Ele tinha percebido que várias reações fragilizadoras que se abatem sobre quem recebe uma notícia trágica passaram a dominar o chefe da sinagoga. O crente não vive pelos sentimentos. Ele vive pela fé (Rm 1:17). A fé não é um sentimento. Ela é um elemento gerado pelo Espírito Santo (Rm 12:3; Ef 2:8). Os sentimentos humanos são volúveis. Viver segundo eles, é ser volátil e inconstante. Viver pela verdadeira fé não! Por ela ficamos firmes, inabaláveis. Ela opera como um instrumento norteador.

a) Coração Enganoso.“O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa...” (Jr 17:9).
b) “Não tenha medo; tão somente creia” – v36.

O tempo dos verbos desta expressão, no grego, é interessante: “Pára de temer; Continua crendo”.

Eles têm uma força imperativa muito grande. Com isso, Jesus não quer permitir que Jairo, mesmo diante de um drama que perpassava as suas condições de assimilação, se enterre em seu medo e em sua descrença. Afinal de contas, Jairo estava diante daquele que tudo pode e que se interessa pelos dramas humanos. A superação da fragilidade e da insegurança dos nossos sentimentos é fundamental para que a nossa fé atue em linha com a Palavra e com a presença do Senhor.

c) Um Outro Exemplo – Mt 14:22-35.

Outras Referências – Rm 1:17; 2Co 5:7.

III – Remover Pedras do Caminho.

Depois de superado o momento do relatório de morte, depois de vencer a fragilidade dos sentimentos, Jairo, já em sua casa na companhia do Senhor Jesus, vê-se diante de mais uma momento de superação. Mais um passo ele teria que dar até a concretização do milagre que ele queria receber. Havia muitas pessoas na casa de Jairo quando eles chegaram lá. As carpideiras (mulheres contratadas para chorarem em velório), os amigos, e a própria família de Jairo, estavam aglomerados, velando a menina. Nesta atmosfera, haviam algumas coisas que não eram concordes com a fé e nem com a presença do Senhor. O próprio Jesus se encarregou de confrontá-las, pois Ele queria operar o milagre, agora não o da cura de uma doença, e sim o da ressurreição.

A seguir veremos as pedras (figuradamente falando) que Jesus teve que remover.

a) A Pedra do Alvoroço.

Onde há confusão, não há espaço para a operação do poder do Senhor. Ao chegar à casa de Jairo, Jesus pergunta: “Por que estais em alvoroço?” (v39).

Toda confusão aponta para a não operação da fé e, “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6).

b) A Pedra do Desespero.

Jesus perguntou também: “Por que...chorais?” (V39).

O choro não apenas era das carpideiras, mas era também da família e dos amigos desesperados. O choro que quebranta o coração de Deus é o de quebrantamento e contrição. Entregar-se ao desespero, é fechar a porta para o milagre.

c) A Pedra da Zombaria.

Depois que Jesus questionou a todos, censurando-os, o porque de tanto alvoroço e choro desesperado, Ele justifica suas palavras afirmando que “a criança não está morta, mas dorme”. Aleluia! Para o Senhor, onde há morte há vida. Ele não trabalha com a perspectiva da morte e sim da vida. Mas, as pessoas presentes, ao invés de olharem dentro da perspectiva de fé (também nem podiam, porque me parece que não a tinham), zombaram das palavras do Senhor porque lhes soara impossíveis. Mas, o milagre se deu a despeito destas pessoas.

A Bíblia diz: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba...” (Gl 6:7). Este é um alerta que devemos guardar em nosso coração (também em todos os momentos) desejoso por um milagre.


Conclusão


Neste episódio, é o comportamento de Jairo que deve nos servir de exemplo. É muito clara no texto a forma como Jairo se portou. Ele foi praticando as orientações do Senhor passo a passo. Até na casa dele, Jesus deu ordens e ele admitiu isso sem nenhum porém. Por conta desses passos seguidos à risca, foi que Jairo ouviu Jesus dizer a sua filha morta: “Menina, eu te mando, levanta-te.” (v 41), e “imediatamente a menina se levantou.” (v 42). Aleluia!


Amém!