Tema: Causas de Falência Espiritual.
Texto: 1João 2:16.
Introdução
Por que são muitos os que fracassam na espiritualidade? Por que há um número grande número de crentes caídos, falidos espiritualmente? A resposta a estas indagações está exatamente na referência bíblica supra. Muito embora a Bíblia diga que o amor de muitos haveriam de se esfriar nos últimos dias, ninguém pode dizer que esta seja a vontade de Deus. Absolutamente! A manutenção e o crescimento da vida de santidade é o que o Senhor deseja para nós.Por causa destas realidades, entender e obedecer, o que nos ensina o apóstolo João em sua primeira epístola, é uma condição sine qua non.Antes de estudarmos o texto base, vejamos o que significa as palavras concupiscência e soberba segundo o grego. A primeira é, no grego, epithumia, que traduzida significa desejar ardentemente. A segunda é alazoneia que traduz-se por pretensão, arrogância (assim dizem os intérpretes).
I – Concupiscência da Carne.
Os desejos ardentes, inflamados da carne, é a primeira causa citada por João como uma geradora de falência espiritual. A não mortificação da carne em seus baixos instintos gera morte porque a partir deles é que o pecado é consumado (Rm 6:23; Cl 3:5-9; Tg 1:13-15). Gálatas 5:19-21, estabelece quatro áreas onde devemos estabelecer o fim das obras mortais e ardentes da carne.
a) Área Espiritual.
* Idolatria
* Feitiçaria
* Heresias
b) Área Sexual.
* Prostituição
* Impureza
* Lascívia
c) Área Relacional.
* Iras
* Dissensões
* Pelejas
* Invejas
* Homicídios
d) Área Comportamental.
* Bebedices
* Glutonarias
Vejamos o que mais nos diz a Bíblia sobre a concupiscênciada carne.
1° Ela combate contra a nossa alma – 1Pe 2:11
2° Por causa delas ninguém herdará a salvação – Gl 5:21
É interessante notarmos que Eva pecou exatamente porque deu vazão ao desejo da carne. A Bíblia diz que ela achou o fruto “agradável ao paladar” (Gn 3:6).
II – Concupiscência dos Olhos.
Jesus disse no Sermão do Monte o seguinte: “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas...” (Mt 6:22-23). Os olhos são as janelas da alma. Por eles penetrarão em nossa alma coisas boas que nos farão bem, ou coisas más que nos farão mal. É exatamente pela concupiscência, pelo desejo ardente desenfreado daquilo que os nossos olhos contemplam maldosamente, que entraremos nas trevas, lugar de morte. O que vemos, onde descansamos a nossa visão, deve ter como pano de fundo o desejo da santificação, caso contrário, estaremos perdidos. Falando sobre a Lei do Adultério, Jesus foi bem enfático dizendo: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela” (Mt 5:27-28).
III – Soberba da Vida.
João trata com esta expressão a respeito da pretensão, da arrogância, do orgulho do homem que confia no que tem e em si mesmo, em detrimento da confiança em Deus. Não há lucratividade espiritual nisso. O homem apenas perde quando ele põe sua confiança em si mesmo e em seus bens. Da vi, no Salmo 40:4, diz que é mais que feliz, é “bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança...”. A auto-suficiência é uma lâmina muito afiada que corta dos dois lados.
Conclusão
É digno de nota observarmos que estas três áreas de auto-engano citadas por João, são as que levaram Eva a queda (Gn 3:6). Para ela, era “agradável ao paladar” – “concupiscência da carne” – o comer o fruto. Ela, “vendo” – “concupiscência dos olhos” – que o fruto era bom de ser comido, consumou o seu desejo. E, por fim, objetivando o “ser igual a Deus”, desejando ter “entendimento” – “soberba da vida” –, acabou falindo espiritualmente e morrendo. Aconteceu com Eva e João, o apóstolo, ensina-nos que devemos nos cuidar para que não aconteça conosco. Deus não quer que experimentemos a falência espiritual.
Amém!